Road trip EUA: Las Vegas > Death Valley > Bishop
Um ano depois de termos feito a viagem que continua tão presente nas nossas memórias, decidimos retomar os relatos, caso alguém se queira inspirar e pôr-se a caminho também.
Onde é que nós íamos? Ah, sim, tínhamos passado pelo Monument Valley e estávamos a chegar a Las Vegas (depois de termos partido de Phoenix e passado pelo Grand Canyon).
Chegados a Las Vegas, fomos directos ao hotel onde íamos ficar, o Stratosphere, conhecido por ter a torre mais alta da cidade e de onde se tem uma vista panorâmica privilegiada, como se pode ver na imagem acima. Foi uma boa escolha, já que ficamos a meio caminho entre a parte nova e a antiga da cidade. A parte nova, que se concentra na The Strip, é onde estão os hotéis absolutamente inacreditáveis, onde somos confrontados com réplicas dos canais de Veneza, da torre Eiffel, da fonte de Trevi, de parques de diversões, de tendas de circo gigantes, enfim. É uma exagero tão grande de luzes, cores e sons que é muito difícil processar a informação de tudo o que estamos a ver.
A verdade é que vale a pena ver ao vivo, de tão bizarro que é. Felizmente, fomos também à parte antiga da cidade, onde estão as capelas de casamentos e onde ainda se encontram os antigos casinos, esses sim, com um charme e decoração irrepreensíveis, onde não se tenta imitar fóruns romanos ou estátuas parisienses. Nesta zona da cidade, há um ambiente inexplicável. Há muito menos turistas e aqui é onde estão os jogadores já mais velhos, que provavelmente viram nascer a "cidade nova", mas mantiveram-se deste lado. É outra Las Vegas completamente diferente.
No meio de tantas roletas e fichas de jogo, ficámos com a sensação que a cidade é só jogo e diversão noturna, mas acabamos por ter sorte ao deparar com a excelente programação do Brooklyn Bowl - mais uma réplica - onde vimos um concerto maravilhoso dos Foxygen.
Foram dois dias bastante engraçados, mas se calhar podíamos ter encurtado uma das noites e aproveitado para ficar noutra zona mais a caminho do Death Valley.
13 de Agosto
De manhãzinha, lá nos pusemos a caminho do Death Valley. Reforçamos a água e a fruta, até porque esta zona é conhecida por ser muito quente e seca. Confirma-se. Mas vale tudo a pena, as paisagens são belíssimas: planícies e planícies de terra árida, com pequenas elevações de terra de perder de vista.
Foi mais um trajecto que nos fez sentir que estávamos dentro de um filme, tal era a cinematografia da paisagem. Ainda tivemos tempo para fazer um desvio por um caminho que dizia "Artist drive" e que nos pareceu boa ideia seguir. Foi mais ou menos, porque o que parecia um desvio pequeno transformou-se numa volta grande, por zona bem mais íngremes e estreitas do que estávamos à espera, com o termómetro a marcar 46º, o carro sempre em esforço, os telemóveis não tinham rede e o caminho parecia não terminar. Foi giro, mas se calhar para a próxima era de pensar duas vezes :) Pelo caminho fomos encontrando coiotes e houve um que até nos veios dizer olá, ficamos todos contentes!
Atravessado o Death Valley, seguimos viagem até Bishop, onde chegamos já ao final do dia.
Ficámos instalados no Mountain View Motel, um motelzinho modesto, mas muito engraçado. Ainda foram mais de 4 horas de viagem até lá, mas queríamos ficar perto da etapa seguinte: o Parque Nacional de Yosemite.
[Para verem mais alguma fotos, dirijam-se aqui]
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