8 de Agosto
Depois dos preparativos, eis que chegou o dia de nos fazermos ao caminho. Foram mais de 24 horas acordados desde que saímos de Lisboa e aterrámos no aeroporto internacional de Sky Harbor em Phoenix, com muitas horas no ar e paragens nos Açores, Boston (MA) e Charlotte (NC), já em território norte americano. 

A parte boa é que em Phoenix (e no estado do Arizona) são menos 8 horas do que em Lisboa e chegámos por volta da meia-noite, mesmo a tempo de irmos buscar o carro alugado e seguirmos directos para o motel já marcado, a uns meros 5 km do aeroporto. Ficámos no Americas Best Value Inn-Downtown Phoenix que, para uma boa noite de sono, foi perfeito.
Mesmo com todo o cansaço deste dia interminável, conseguimos dormir e no dia seguinte, às 6h já estávamos acordados com aquela vontade de começar a aventura o quanto antes.

9 de Agosto
Pusemo-nos a caminho bem cedo para alcançar o objectivo do primeiro dia: visitar parte do South Rim, no Grand Canyon. Pelos nossos cálculos, a melhor cidade para ficarmos nesse dia era Flagstaff. É uma das cidades de apoio para quem visita o South Rim, já que fica apenas a 120km, aproximadamente 1h30 de distância, do centro de visita do parque. Chegámos a Flagstaff perto do meio dia, depois de percorrermos os 240km que a separam de Phoenix, uma pequena viagem para o que aí vinha, mas muito importante para conhecermos um pouco melhor o carro e as estradas do estado do Arizona. Chegados a Flagstaff, e antes de continuar o caminho, almoçámos e arranjámos dormida para podermos ir mais descansados no regresso. Com a ajuda do nosso guia lá encontrámos um hostel bastante em conta e mesmo central, o Motel Dubeau. Não foi o sítio mais memorável onde dormimos, mas como foi só uma noite e o pequeno-almoço não era nada mau, cumpriu bem a sua função.


Nos Estados Unidos quase todos os parques naturais implicam um pagamento, normalmente por carro, que dá direito a um passe válido para uma semana de visitas e dá acesso aos transportes dentro dos parques. Claro que é bastante interessante para quem quer explorar durante alguns dias, porque paga exactamente o mesmo do que quem faz uma visita relâmpago, como foi o nosso caso. No Grand Canyon tivemos que pagar $25 para entrar. Chegados ao centro de visitantes o ideal é estacionar o carro e andar a pé ou aproveitar os shuttles eléctricos. Assim fizemos. As imagens falam por si, mas é um sitio maravilhoso, de cortar a respiração. Com mais tempo podia ser interessante descer até à margem do rio Colorado, mas isso requer boa condição física (a não ser que se opte por ir de helicóptero) e tempo. Existe ainda a possibilidade de acampar por lá e fazer o percurso em mais de um dia.

Ao voltar decidimos fazer o percurso em direcção a Este, pela Route 64, também conhecida como a Navahopi Road, que serpenteia o canyon e proporcionou-nos paisagens magníficas à medida que o sol ia descendo e tingindo o céu de púrpura contra o horizonte de perder de vista.


Regressámos a Flagstaff já perto da hora de jantar, directos para a conhecida hamburgueria Diablo, mesmo no centro. Aqui ainda estávamos cheios de vontade de experimentar os verdadeiros hamburgueres americanos e valeu a pena. O hamburguer era de facto bom, mas encontrámos melhor! :)
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