Entrar devagarinho em 2014
Janeiro tem sido um mês calmo no que toca a novidades no panorama musical, apesar de muitas estarem já agendadas para o primeiro trimestre de 2014: Real Estate, Chromeo, Bibio, Beck, Metronomy, só para referir alguns. Daí que, enquanto não somos assoberbados por tudo de novo que aí vem (para já ainda só ouvimos o novo de Stephen Malkmus & The Jicks e começamos agora a ouvir o último dos You Can't Win Charlie Brown), vamos dar uma oportunidade a alguns discos que passaram mais despercebidos em 2013.
Aqui ficam três escolhas, dentro dos discos que ficaram bem posicionados em várias listas de melhores do ano e que nós nem conhecíamos, ou não demos muita atenção.
Aqui ficam três escolhas, dentro dos discos que ficaram bem posicionados em várias listas de melhores do ano e que nós nem conhecíamos, ou não demos muita atenção.
Factory Floor, Factory Floor (DFA, 2013)
Este disco é aquilo que se chama um FSG (Fat Synthesizer Galore). Perfeito para entrar no carro de manhã, ou em qualquer transporte público, e de repente tudo se transformar numa pista de dança. É obrigatório estar no mood certo, mas se for o caso, é tiro e queda. Este vai ficar aqui na nossa pasta de "Loucura de 6ª à noite". Eu sei que em termos de electrónica dançante, 2013 foi o ano dos Disclosure, mas para os fãs de electrónica mais minimalista este é um disco que merece atenção.
Parquet Courts, Light Up Gold (What's Your Rupture, 2013)
Ainda levou uma menção honrosa na nossa lista de melhores do ano. Nada de novo também por aqui, tudo bastante familiar, mas se queremos bater o pézinho e a abanar à cabeça com punk bem ritmado, look no further! As duas primeiras músicas do disco são suficientes para esboçar um sorriso, impossíveis de passar despercebidas logo na primeira audição. É verdade que não existe nada de inovador neste som, mas essa também foi a nossa impressão ao ouvir o disco das Savages, que tanto sucesso fez em 2013. A diferença é que as influências destes rapazes são bem mais ao nosso gosto. Isto sim, é Indie Rock!
Grumbling Fur, Glynnaestra (Thrill Jockey, 2013)
Uma sugestão bem mais experimental, um misto de synth pop, folk e às vezes um vislumbre de atmosferas etéreas que nos fazem lembrar paisagens à la Boards of Canada. É daqueles que discos que apesar de um pouco menos acessível, tem o dom de crescer à medida que lhe vamos dando mais atenção. Claro que temas como Dancing Light ou The ballad of Roy Batty são singles óbvios. Gostamos também bastante do trabalho de 2011, Furrier, apesar de bem mais experimental, resultante de uma jam session gravada num único dia. Se não tivesse sido considerado o melhor disco de 2013 pelo The Quietus (podem ouvi-lo aqui) tinha-nos passado completamente despercebido. Teria sido uma daquelas falhas difíceis de ultrapassar.
0 comentários