Três dias na Peneda-Gerês

Por 24.10.13

De vez em quando sabe muito bem fazer um fim-de-semana prolongado. Por norma, gostamos de sítios sossegados, no meio da natureza. Em Julho, decidimos passar uns dias no coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês, mais propriamente na aldeia da Peneda, onde o conceito de sossego é levado a um nível que já nem nos lembrávamos: não há rede de telemóvel de nenhum operador (e que bem que soube ter o telemóvel desligado durante três dias).
A partir de Lisboa, esperou-nos uma longa viagem. Depois de 3h30 a conduzir até Braga, são precisas quase mais 1h30 para chegar lá, num labirinto de estradas de montanha. A ideia é não pensar muito no caminho que ainda falta, e aproveitar as vistas, que são de cortar a respiração.

A grande atracção da Peneda é o Santuário da Nossa Senhora da Peneda, local de peregrinação que explica a existência de algumas lojas de recordações no largo principal da aldeia. Os antigos dormitórios dos peregrinos foram convertidos no confortável hotel onde ficámos alojados, mesmo a paredes meias com o Santuário e com o escadório, o Peneda Hotel. Foi uma excelente escolha: estávamos ali sempre no meio da acção (leia-se, a chegada das excursões diárias para o Santuário) e o hotel tem muito boas condições (especialmente pelo valor que é).

Para além do Santuário, na Peneda não existe muito mais a ver, pelo menos construído pelo homem. Quanto à natureza, essa é sem dúvida a razão principal que nos fez ir para tão longe. Com umas botas de montanha, um corta vento e muita vontade de caminhar, não faltam sítios para ir. As montanhas envolvem-nos e transformam a paisagem em verdadeiros postais ilustrados. Ficámos encantados com Lamas de Mouro, uma zona que parecia retirada directamente de um conto de fadas, com cavalos selvagens por todo o lado, erva mais-que-verde, e onde decidimos fazer um trilho de 4,5 km para conhecer melhor a área. Há lá um Centro de Interpretação, onde fornecem mapas e toda a informação necessária para se aventurarem pela zona. A verdadeira surpresa foi Castro Laboreiro, onde subimos ao Castelo (às ruinas, para sermos mais precisos) e tanto o caminho até ao topo como a vista lá de cima são indescritíveis. Recomenda-se vivamente.
Para quem gosta tanto de verduras como nós, fica aqui a dica e, claro, algumas imagens para abrir o apetite.



0 comentários