MP3 vs Streaming: e agora?

Por 17.9.13 ,


Há uns meses atrás andámos a estudar os diferentes serviços de streaming de música disponíveis em Portugal (que, entretanto, já sofreram alterações; fica prometido um post actualizado sobre o assunto em breve). Já ouvia alguma música por streaming mas sempre como uma alternativa aos MP3, mas agora, devido ao facto da experiência actual ser de tal forma satisfatória, chegou a altura de ponderar de considerar o streaming como um meio fundamental de ouvir música. Como o preço é sempre um factor a ter em conta, comecei por analisar a nossa folha de custos nesta matéria: o meu dinheirinho continua a ir para CD/Vinil (novos ou usados) e um serviço de compra de mp3, o eMusic. Quanto à primeira parcela, não há muito a fazer, continua a ser um prazer cada vez mais raro, mas que ainda sinto falta: não existe nenhum serviço digital que substitua estrear um álbum pela primeira vez e pô-lo a tocar no leitor de CD/gira-discos... Para além disso, um objectivo cá da casa é comprar os álbuns que mais gostamos em cada ano. Passados uns tempos, sabe muito bem ter uma biblioteca só com pérolas (ao contrário da biblioteca infinita de mp3). Em relação ao eMusic, do qual sou cliente há 6 anos, permite-me descarregar uma certa quantidade de faixas por um preço fixo por mês, 13 Euros no meu plano. Normalmente consigo descarregar, em média, quatro álbuns por mês. Ao fim de algum tempo, comecei a encher (literalmente) discos rígidos de mp3, que raramente volto a ouvir, e como a minha cabeça já não é o que era, tenho dificuldade em procurar as músicas porque, ou não me lembro do nome da banda ou da faixa. Enfim, antigamente tinhamos acesso a menos música, por isso era mais fácil decorar tudo :) Isso faz com que acabe por tirar pouco proveito de um extenso catálogo que está aqui na secretária, enterrado num destes discos rígidos...já para não falar que há dois anos, fruto de não ter backups, perdi muita música com o falecimento precoce de um disco.
Razões suficientes para pensar que talvez faça mais sentido poupar na compra de MP3 e passar a usar apenas streaming. As vantagens parecem claras: mais barato, mesmo nos serviços premium, um catálogo "quase" sem limites à distância de um clique e toda a interação social de playlists, amigos e música aconselhada segundo o nosso gosto. Desvantagens: estar sempre ligado à internet caso não se tenha um plano premium (que permite ter cache local de música), dependente de contratos com as editoras e artistas e, nalguns casos, a obrigatoriadade de instalar um aplicação no computador ou nos dispositivos móveis.
Como eu passo 90% do meu dia normal em locais com acesso à internet, acho que faz sentido experimentar. Acabam-se os discos cheios de música e passa-se a ter tudo na cloud. Soa-me bem. Vou avançar e depois partilho o resultado desta experiência MP3-free.

1 comentários

  1. De um ponto de vista conceptual, uma coisa que me deixa feliz é que os serviços streaming (os que são grátis, com anúncios) contribuem, senão para acabar, para reduzir drasticamente os downloads ilegais. E espero que isso signifique que os músicos acabem por receber algum quando a música deles é ouvida.

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