Estes dias relembrei as polaroids graças a uns amigos. Estou sempre expectante que uma onda de revivalismo traga de volta os tão bonitos cartuchos às lojas de fotografia, que vão também começando a desaparecer. Eu gosto de acreditar que a fotografia analógica estará sempre na moda, que o seu charme será sempre irresistível. Gosto do grão. Gosto de diapositivos (tanto). Gosto do artwork dos rolos. Gosto do cheiro dos químicos. Gosto de ter apenas 36 exposições.
Ultimamente vejo as Polaroids como uma espécie de evolução da fotografia digital - não só vemos o resultado (quase) imediatamente como ainda temos uma impressão em papel na hora. Eu tenho uma 635CL e sei que há uns anos os seus cartuchos deixaram de ser produzidos. Ainda existem alguns stocks antigos mas a preços proibitivos e com poucas garantias de uma correcta conservação.
Felizmente existe o The Impossible Project.

O The Impossible Project é formado por um grupo de antigos trabalhadores da Polaroid que decidiu adquirir a última fábrica de filme instantâneo em Enschede, na Holanda. Desde essa altura, começaram a inventar e a produzir novo material para ser utilizado nas tradicionais Polaroids. Graças a eles, é ainda possível adquirir no seu website vários tipos de filme para diferentes modelos de câmeras.
Outra opção, para quem se quiser iniciar neste tipo de fotografia, é comprar um dos novos modelos comercializados pela Polaroid, a Instant Classic, são de certeza boas e mais económicas, mas sem o charme de uma SX-70 ou de uma 600.
Final da história: estou feliz. Olho para o meu cubo, ali na prateleira, e sei que os seus dias ainda não chegaram ao fim.